Entrevista a Maria Kobrock
Bom Dia Leitores,
Com o fim-de-semana vem mais uma entrevista, desta vez com a Bloomer Maria Kobrock.
João- Olá Maria! Já conhecia o nosso blog?
Maria Kobrock- Vagamente, tenho que admitir que não passo muito tempo a consultar blogs.
João- Como é ser uma bloomer?
MK- É incrível poder fazer parte de uma plataforma que dá tanta visibilidade e oportunidade a jovens criadores nacionais.
João- Já pensa na sua próxima coleção?
MK-Claro, para mim a criação é um processo continuo, e as minhas coleções, apesar de diferentes seguem todas um principio conceptual em constante renovação e evolução.
João- Qual o ADN da marca?
MK- A minha marca ainda se encontra numa fase mais ou menos embrionária, em que o objetivo é o desenvolvimento de uma imagem distinta e pessoal. A minha intenção passa por criar uma marca conceptual que inspire as pessoas a criarem o seu próprio estilo e identidade. A minha ideia é criar uma marca que possa ser uma fonte de inspiração que se possa manter interessante e relevante.
João- Porquê a moda e não outra área?
MK- Cheguei ao mundo da moda um pouco por acidente. Enquanto estudava Historia de Arte na FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto) percebi que precisava de algo mais dinâmico e expressivo. A moda, vista como a expressão coletiva de uma sociedade ou comunidade pareceu-me uma ótima área para explorar os meus interesses a um nível formal e palpável. Mudei-me para Berlim, formei-me em design de moda e modelação e aqui estou!
João- O que acha mais importante na criação de vestuário?
MK- Para mim existem dois momentos importantes na criação de vestuário, por um lado uma ideia solida e interessante e por outro a atenção ao detalhe e à relação corpo/roupa. A materialização de uma ideia, num coordenado solido e inspirado São vitais.
João- O que admira mais numa coleção?
MK- O que mais admiro numa coleção é a inspiração e a forma como um conceito se materializa, bem como uma confeção 'on point' com detalhes interessantes e criativos.
João- Tem alguma preferência nas cores, formas ...? Se sim quais?
MK- As minhas preferências alinham-se com ideias de simplicidade e desconstrução, aliadas a paletas de cores fortes e saturadas.
João- Qual é a sua inspiração?
MK- A minha principal fonte de inspiração é a condição humana, e a forma como esta se expressão em termos artísticos e filosóficos.
João- Como se vê daqui a 10 anos?
MK- Sinto que na próxima década o mundo como o conhecemos hoje não passara de uma ideia, a mudança é inevitável e necessária e a minha esperança é que nos próximos anos eu tenha encontrado o meu lugar no mundo e que as minha criações sejam relevantes e apreciadas.
João- Obrigado Maria!